sabe aquele dia
que entrou na igreja
indeciso, incompreendido
como mendigo procurando por pão
sim, não vieste sozinho
minha mão o guiava
minha voz o dirigia
sem percebe sentara na última fila
um ventinho frio lá fora
a esperança aqui dentro
um hino, um testemunho
aqui é sua casa eu te falava ao coração
esparamava-se sobre o banco
o aconchego de cada olhar
um tilintar de asas de anjos ao redor
instaurou-se uma festa
não, você não ouvia
fez do céu um alarido
timidamente levantou sua mão
passou-se uma vida inteira
sem regras, sem alívio
pensara na infância
conturbada vida, mesmo louca
um tapinha nas costas
uma mão o conduziu até o altar
pode descansar, meu filho
teus pecados são perdoados
este não é o fim
é o princípio
vida nova
vida eterna
escrita com tinta
vermelha, escarlata
tinta de sofrimento
num livro eterno.
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