segunda-feira, 26 de novembro de 2007

perdão

sabe aquele dia
que entrou na igreja
indeciso, incompreendido
como mendigo procurando por pão

sim, não vieste sozinho
minha mão o guiava
minha voz o dirigia

sem percebe sentara na última fila
um ventinho frio lá fora
a esperança aqui dentro
um hino, um testemunho

aqui é sua casa eu te falava ao coração
esparamava-se sobre o banco
o aconchego de cada olhar
um tilintar de asas de anjos ao redor

instaurou-se uma festa
não, você não ouvia
fez do céu um alarido
timidamente levantou sua mão

passou-se uma vida inteira
sem regras, sem alívio
pensara na infância
conturbada vida, mesmo louca

um tapinha nas costas
uma mão o conduziu até o altar
pode descansar, meu filho
teus pecados são perdoados

este não é o fim
é o princípio
vida nova
vida eterna

escrita com tinta
vermelha, escarlata
tinta de sofrimento
num livro eterno.

você

sem muito falar
com asas de liberdade
confidenciou uma única vez
"amo-te"

pensei ser o tempo eterno
e neste fundamento segurei
há sempre um templo mais que perfeito
E Deus disse, "com amor eterno te amei"

Sacrifiquei-me por tanto tempo
Pensando assim, sentia-a melhor
estou fazendo algo por você Senhor
Errei novamente, meu sacrifício é nada

Há sempre um sacrifício melhor
Jesus o fez ... sempre melhor?
Sim, seu sacrifício me libertou
Eternamente